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Queridos toda quarta feira escrevo sobre cinema e relações internacionais no blog: http://tudocultural.blogspot.com/
Confira hoje após as 15hs um novo texto sobre o filme Invictus.

O texto abaixo foi originalmente publicado em 17/02.


Austrália é o tipo de filme que desperta a curiosidade do espectador sobre o país tema. Quem buscar saciar sua curiosidade notara que há uma série de similaridades desse pais com o Brasil, como o Cruzeiro do Sul em sua bandeira e o fato de ser um país baleia (dotado de vasto território).
No entanto, pelo pouco que pesquisei até o momento, duas grandes diferenças entre Austrália e Brasil  são a organização politico-administrativa e a existencia de políticos sérios. Recentemente o primeiro ministro Kevin Rudd, fez um pronunciamento bastante enérgico sobre a postura que ele espera que os imigrantes tenham em seu país, creio que a frase mais forte de seu discurso foi :

*"São os imigrantes, e não os Australianos, os que devem adaptar-se. É pegar ou largar.”

A julgar por essa frase isolada o primeiro ministro australiano parece ser alguém antipático. No entanto, se analisarmos bem sua postura, o que ele pede parece ser no mínimo plausível se considerarmos a velha máxima dos incomodados que se mudem. Infelizmente não temos a mesma organização que a Austrália em vários aspectos, entre eles a questão migratória. Conversando com a bacharel em Relações Internacionais ( e minha amiga pessoal ) Simoni Felix, ela, que fez seu TCC sobre a questão de políticas de migração, me explicou que o Brasil não possui qualquer política migratória, quer seja restritiva ou não restritiva. Conclusão, a pessoa vem para o Brasil acha legal e pronto fica, trabalha e nada acontece. Simples assim, vi, vim, gostei ,fiquei.
Infelizmente a falta de organização desse setor propicia fatos lamentáveis que vez por outra assistimos nos noticiários da TV, como casos de trabalhadores ilegais que vivem e trabalham em condições sub-humanas em confecções situadas em sua maioria nas regiões do Brás e do Bom Retiro em São Paulo.
O Brasil tem fama de receber bem, bom anfitrião, mas faz-se necessário que o MRE (Ministério das Relações Exteriores), passe a considerar que organização não é antipatia e sim respeito pelos Brasileiros e pelos estrangeiros e almejam viver aqui. Ao fim desse texto me ocorre que uma excelente idéia seria ter um Kevin Rudd por aqui, será que ele toparia vir? Se ele não topar, a responsabilidade é nossa como cidadãos brasileiros em exigir maior organização do nosso território para que não percamos a nossa fama de bons anfitriões e ainda alcancemos o “status” de pais bem organizado.

*quem tiver interesse em ler o email sobre o primeiro ministro australiano citado nesse post, por favor acesse: http://migre.me/klWI

De Rosilene Camara para o blog Tudo Cultural

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