Uma tarde em Veneza.

Esses dias eu legendei a foto desse post como "O dia mais feliz da minha vida". No dia em questão eu realizava o sonho de conhecer a cidade de Veneza, e foi de fato um dia especial. Essa experiência me ensinou que por mais corriqueiro que seja um momento, ele pode ser único e deve ser bem aproveitado porque não volta mais. Naquela tarde de verão eu comecei a minha caminhada por aquela cidade no nordeste da Itália achando que, uma vez que aquela era a única no mundo onde ou você se locomove a pé ou de barco ao invés de veículos sobre rodas, a minha experiencia seria igualmente unica.  Sim Veneza é  singular,  a cidade foi criada por volta do século VI, é um arquipélago ligado por charmosas pontes, foi  sede de um poderoso império da antiguidade e é palco da obra de Shakespere "O mercador de Veneza". UFA! Contudo, faltou um elemento importante para que aquele passeio fosse realmente singular na minha vida. Eu aproveitei cada passo dado naquela cidade porque pensei jamais voltaria ali e não me arrependo disso, mas vejo que voltar àquele lugar e fazer a mesma caminhada é mais fácil do que fazer coisas como:

- paquerar o gatinho da 6a serie aos 12 anos de idade (afinal já tenho 34 e aquele gatinho, que virou um bom amigo, infelizmente morreu antes dos 30)

- dançar com o meu melhor amigo na minha festa de 15 anos. Esse amigo graças a Deus ainda esta vivo, mas... POR ONDE ELE ANDA?

- Fazer a minha amiga Simoni passar vergonha na sala de aula por dar risada BEM ALTO depois de eu ter falado alguma sandice irônica com a maior cara deslavada (rs). Afinal, os tempos de facu acabaram e as minhas sandices não tem a mesma graça sem que um professor fique puto com a bagunça na sala de aula.

- E o que dizer da falta que me fazem as aulas de inglês da doce amiga Larissa C.

- Os tempos de rachar o bico da Bruna porque ela encheu a cara de Red Bull e ficou mega pilhada trabalhando no “Dining Room” também não serão reproduzidos.

- Também não tenho mais o prazer de beber com os meus amigos  Livia , Camila  e Fernando na minha cabine as 2hs da manha, porque já não estamos mais no mesmo barco.

Citei meia dúzia de eventos que, com exceção da festa de quinze anos, eram corriqueiros em algum momento da minha vida, e por serem comuns eu nem me tocava do quanto eram especiais.

Peço a Deus que eu ainda possa ver outra vez as pessoas citadas nesse post e outras tantas como a Gisele, a Mirella, a Camila Dias, a Veronica, o Odirley, a Nanda Buss, a “pima” Vania...   E outras que não foram citadas nesse post,  mas são tão especiais quanto as que foram. Pessoas que eu gosto muito, mas já não fazem parte da minha rotina. Sei que ainda podemos nos encontrar e certamente não serão naquelas mesmas situações do passado, mas certamente serão especiais porque o que faz um momento ser único não é o local onde ele ocorre, mas são as pessoas que o fazem acontecer. Pessoas a quem chamamos de amigo que tem o dom de  fazer do normal algo simplesmente extraordinário.